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Foto da Conferência Nacional de Liberdade Econômica
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Imprensa

Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado critica pacote econômico do governo e alerta para impactos na classe média

28 de novembro de 2024

Deputados federais, representantes do setor produtivo e integrantes da sociedade civil organizada reuniram-se na manhã desta quinta-feira (28) durante a Conferência Nacional de Liberdade Econômica para debater o livre mercado, a desburocratização do Estado, a reforma tributária e o lançamento da carta manifesto sobre a reforma administrativa.

O presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM), deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), fez duras críticas ao pacote econômico do governo federal, destacando que as medidas adotadas estão agravando a crise financeira e sobrecarregando a classe média. Para o parlamentar, o aumento de impostos e a falta de cortes nos gastos públicos estão seguindo o mesmo caminho de erros que levaram ao colapso econômico de países como a Argentina. "O que vemos agora são políticas que sobrecarregam a classe média, enquanto itens básicos se tornam inacessíveis. Na Argentina, isso levou ao caos: muitos subsídios de um lado, inflação galopante do outro. Estamos seguindo o mesmo caminho e achando que o resultado será diferente", alertou Luiz Philippe

O deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS) ressaltou a importância de popularizar a liberdade econômica e as reformas estruturais, sugerindo a necessidade de refinar o discurso para alcançar as camadas mais humildes da população. Ele exemplificou que a privatização da Petrobras poderia ser melhor aceita se estivesse diretamente associada à redução de preços de combustíveis e alimentos. "Quando as pessoas experimentam a liberdade econômica, elas percebem que podem ganhar mais e ter mais autonomia. É isso que precisamos comunicar de forma clara: liberdade traz oportunidades e prosperidade, enquanto o intervencionismo só perpetua a estagnação", afirmou Marcon.

O deputado Gilson Marques (Novo-SC) reforçou que o simples aumento de gastos públicos não aquece a economia de maneira sustentável. Ele destacou o sacrifício e a visão de longo prazo necessários para empreender, em contraste com um ambiente de negócios brasileiro marcado por altos tributos. excesso de regulações e insegurança jurídica. Gilson citou o Judiciário como exemplo de ineficiência, argumentando que o aumento de recursos nesse setor não resolve questões estruturais, como credibilidade ou recuperação de crédito. "É preciso conscientizar a sociedade de que poupar e investir são os verdadeiros motores da economia, mesmo que o cenário atual desestimule esse comportamento. O Brasil precisa parar de punir quem assume riscos para criar valor no futuro", defendeu Gilson.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) chamou a atenção para o impacto da perseguição política sobre a imunidade parlamentar, essencial para a democracia. Ele comentou seu recente indiciamento pela Polícia Federal, classificando a ação como uma afronta à inviolabilidade de suas falas no exercício do mandato. "Sigo defendendo o óbvio: a imunidade parlamentar é um alicerce da democracia, protegendo a liberdade de expressão, palavras e votos dos representantes eleitos. É absurdo ver a Polícia Federal mobilizar um grande contingente apenas para tentar me incriminar por algo inviolável. como minha fala na tribuna da Câmara", criticou van Hattem.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) destacou a urgência de uma reforma administrativa antes de qualquer reforma tributária. Ela criticou a exclusão da iniciativa privada e dos pagadores de impostos do processo de elaboração de políticas públicas e defendeu que o cidadão seja colocado no centro das decisões. "Não podemos fazer uma reforma tributária sem antes enfrentar a reforma administrativa, O cidadão brasileiro, que paga a conta, precisa estar no centro das decisões. Hoje, o serviço público não chega como deveria. e o bom servidor acaba sendo massacrado", afirmou Adriana Ventura.

Hélio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil e conselheiro do Instituto Livre Mercado, afirmou: "Quando falamos de serviço público, devemos lembrar que ele existe para atender o cidadão, e não para proteger interesses do próprio serviço público. O foco deve ser sempre o cidadão. No Brasil, insistimos nas mesmas soluções falhas, jogando mais recursos onde os serviços são deficientes. como na saúde e na educação, sem questionar a gestão. No setor privado, o bom serviço traz mais recursos, e o mau serviço resulta em perdas. É assim que deve ser no serviço público: quando o serviço não atende, deve ser fechado ou terceirizado, buscando eficiência e resultados reais para a sociedade."

Ao fim do evento, o diretor-executivo do ILM. Rodrigo Marinho, informou que a carta que será entregue ao Governo. é assinada pela coalização pela reforma administrativa que reune 96 entidades que pedem por mudanças nos estágios probatórios das carreiras públicas, revisão da estabilidade de alguns cargos e critérios de avaliação mais rigorosos com valorização dos funcionários mais eficientes. A coalizão das Frentes Parlamentares mantém seu foco na reforma administrativa, que promete gerar um impacto positivo nas contas públicas e, consequentemente, na economia como um todo". afirma.

Também presentes no evento, os deputados Mayra Pinheiro (PL/CE) e Domingos Sávio (PL/MG), senador Jorge Seif (PL-R3), Caio César de Castro Silva Coelho, Diretor de Interlocução com os Setores Público e Privado da Sec. de Desenvolvimento Econômico de MG, Marcelo Faria. ILISP e professor Antonio Lanzana, presidente do Fórum Empresarial Modernização da FecomercioSP: Gisela Lucas vice-presidente da FecomercioSP e presidente do Conselho de Comércio Varejista da Entidade; Walter Shindi lhoshi. vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo e Juan Carlos, Ranking dos Políticos.