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Combustível barato impulsiona a economia, diz presidente da FPLM
15 de maio de 2024
Combustível do futuro e seus impactos para a sociedade foram os temas abordados em um evento promovido pela Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado (FPLM) na manhã desta quarta-feira (15) com a presença de imprensa e parlamentares. A discussão está em pauta no Senado Federal através do PL 528/2020. que cria programas nacionais de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano.
Durante o evento. o presidente da Frente. deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), afirmou que a proposta representa um grande avanço para a sustentabilidade no setor de combustíveis. No entanto. a matéria precisa de ajustes para evitar efeitos adversos no mercado e na economia como um todo. "Como está. a proposta pode gerar inflação ao aumentar os preços dos combustíveis. penalizando e forçando o consumidor mais pobre.
Precisamos de combustível barato e mais acessível para impulsionar a economia". disse. O presidente também destacou cinco pontos importantes para o desenvolvimento econômico: combustíveis. direito à propriedade. distribuição e infraestrutura. equilíbrio fiscal e defesa e segurança nacional. "Falhas nesses cinco pilares prejudicam o crescimento econômico e a liberdade de mercado. O Brasil precisa desses pilares solidificados para avançar e estamos trabalhando para isso". pontuou.
Durante o evento, Rodrigo Marinho, diretor-executivo do Instituto Livre Mercado. elencou os pontos do PL que precisam ser ajustados:
1. Mandato de diesel verde:
- A distribuição pode encarecer o diesel B para o consumidor e gerar inflação.
- Dificuldades de fiscalização devido à natureza do combustível. Experiências internacionais sugerem colocar o mandato no produtor e permitir venda pura em mercados premium.
2. Mandato de descarbonização de biometano:
- Pode distorcer incentivos no mercado e encarecer o gás natural para o público geral.
- Experiência americana favorece uso industrial e produtores fósseis como garantidores da comercialização.
A FPLM sugeriu a emenda 528/202 apresentada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) ao texto do PL para melhorar a regulamentação do Diesel Verde. De acordo com a emenda. a atual redação do Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) não especifica qual elo da cadeia produtiva e de consumo será responsável por garantir o mandato mínimo de mistura para posterior comercialização ou regras de coprocessamento. Essa indefinição é crucial do ponto de vista do custo de fiscalização. eficiência administrativa e segurança jurídica. Além disso. a emenda inclui uma definição ajustada de biodiesel para consolidar normas e legislações.
Também estavam presentes no evento representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP): Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): e players do setor.